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Água, a seiva da vida!


"Perto de muita água tudo é feliz" (Guimarães Rosa)


Fonte: IFMG


O primeiro astronauta, quando viu nosso Planeta lá do espaço, exclamou “A Terra é azul”. Muita gente pensou e pensa até hoje que o Planeta é Azul porque tem muita água.


Uma das razões para Terra ser azul deve-se realmente a água que cobre bem mais do que a metade da superfície do nosso planeta. No entanto, não devemos nos enganar. Embora a superfície da Terra seja composta por 2/3 de água, 97% desta água é salgada, dos 3% restantes a maior parte está nos icebergs em forma de gelo. Os oceanos, rios, lagos, geleiras, calotas polares, pântanos e alagados cobrem cerca de 354.200 km² da Terra, e ocupam um volume total de 1.386 milhões de km³.


Do total de água doce, 68,9% estão na forma sólida, em geleiras, calotas polares e neves eternas. As águas subterrâneas e de outros reservatórios perfazem 30,8%. A água doce acessível ao consumo humano (e animal) encontrada em rios, lagos e alguns reservatórios subterrâneos, somam apenas 0,3%, ou 100 mil km³.


Sabendo-se que a quantidade de água que existe no Planeta é a mesma, que ela não aumenta e nem diminui ao longo de milênios, e que a população da Terra vem aumentando em proporções geométricas (no início do século XX éramos 2 bilhões de habitantes, na segunda década do século XXI somos 7,5 bilhões) e, portanto, a demanda por água cresce nas mesmas proporções.


Lembrando ainda que, sem água, uma pessoa só vive 3 dias, sem água não podemos plantar e nem criar animais para nossa alimentação, sem água os bichos e as árvores que também bebem água secam e morrem de sede e que tudo que comemos, bebemos, vestimos precisa de água para ser produzido, fica a pergunta:


Por que, além do enorme e insano desperdício, ainda poluímos rios, córregos, lagos tornando impróprios para dessedentação humana e animal e para todos os demais e necessários usos na indústria, na agricultura, na higiene, no lazer, nos esportes e na religiosidade? Por que continuamos desperdiçando e poluindo as águas como se elas fossem um recurso infinito ou não fosse vital para manutenção da vida no Planeta? Quais razões motivam esta alienação da realidade?


O dia da água celebrado em 22 de março foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992 para marcar a necessidade de conscientizar a população sobre os cuidados necessários para preservação deste liquido tão escasso quanto essencial para todos os seres vivos. Na mesma ocasião foi elaborada a Declaração dos Direitos da Água:


1- A água faz parte do patrimônio do planeta;

2 - A água é a seiva do nosso planeta;

3 - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados;

4 - O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos;

5 - A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores;

6 - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;

7 - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada;

8 - A utilização da água implica respeito à lei;

9 - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;

10 - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.


Embora tenhamos avanços nos cuidados da água, precisamos lembrar que, infelizmente, temos ainda muitos revezes na conservação e recuperação de nossos recursos hídricos. Aspectos políticos e de gestão desses recursos também precisam ser observados se quisermos garantir o direito universal de acesso à água limpa e de boa qualidade para toda a população.


Sobre o assunto, o Instituto Trata Brasil publica a 14ª edição do Ranking do Saneamento com foco nas 100 maiores cidades brasileiras, em parceria com a GO Associados, e os resultados, mais uma vez, são ruins. Capitais do Norte continuam ocupando as piores posições, com indicadores muito abaixo da média nacional. Para saber mais acessem o estudo completo em https://lnkd.in/dHtbnATf

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